Em literatura de marido & mulher, o leitor deve meter a colher

Por Wellington Pereira*

Hoje, recebi três livros saborosos escritos por um casal de autores paraibanos que amplia as fronteiras dos significados, como bem nos ensina o sociólogo alemão Alfred Schutz.

José Leite Guerra e Emilia Guerra exercitam a oikonomia (economia familiar para os gregos) numa produção literária de alto nível semântico e rica imaginação que nos remetem à necessidade de um exercício fenomenológico da literatura em tempos de irrupção das recepções estéticas.

Escritores de palavras fáceis, mas complexas, no sentido hermenêutico do termo: complexus, aquele que une significados.

Livros sensíveis produzidos por autores ousados em seus domínios estéticos que vai d’O circo, o bicho e a festa (José Leite Guerra), com Sinais (Emilia Guerra) até desembocar no lúdico Poética animal (Emilia Guerra) – que deveria ser adotado em todas as escolas.

Uma literatura de marido & mulher, na qual o leitor deve meter a colher para se alimentar de boa literatura – sem glúteo.

(*) Wellington Pereira é escritor e professor – em 22/10/2020

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