João Paulo de Araújo Pereira (João Pitoco), nascido no dia 31 de dezembro de 1984 em João Pessoa, Paraíba. Seu pai: Severino dos Ramos Pereira da Silva, sua mãe Djelza Guedes de Araújo (Biológica) e também sua mãe Josélia Pereira da Silva (que a vida lhe deu). Pai de Ivson do Nascimento Pereira e companheiro de Fernanda Silva do Nascimento. Fundador do Projeto Social Paratibe em Ação e estudante de História na Universidade Federal da Paraíba.

Seu primeiro contato com capoeira foi na infância, no bairro de Mangabeira onde passava os finais de semana e as férias com o pai. Via as rodas da Escola de Capoeira Afro- nagô nas praças, e depois ia brincar de capoeira com os amigos.

A primeira vez que teve aula propriamente dita foi em sua escola IPEI, onde era bolsista. Depois de ficar um pouco mais velho, começou a treinar com o Mestre Guiné (Marcelo Sousa). Logo em seguida, passa a treinar diretamente com o Mestre Zunga, por volta do ano 2002, onde permaneceu até 2018.

Também aprendeu muito com o atualmente Mestre Maromba, e seu amigo Lucinaldo Lampião (in memoriam), ambos do Afro-nagô. Sua primeira graduação foi em 2005, e em 2015  foi consagrado professor de Capoeira pelo Mestre Zunga.

Em 2007 a Escola de Capoeira Afro-nagô foi convidada para iniciar um tabalho no Quilombo de Paratibe. O mestre Zunga solicitou à seu aluno Lucinaldo Lampião para que fosse o responsável pelas atividades. João Pitoco que morava próximo de Lampião, sempre ia junto para auxiliar nas aulas.

Ao ver que as crianças tinham muita dificuldade para assinar o livro de frequência, em 2008 João Pitoco passou a dar aulas de reforço escolar para elas, que num primeiro momento ocorriam na capelinha do Quilombo. Estudante de Ciências Sociais na época, ele conseguiu algumas cadeiras no setor de patrimônio da UFPB dando melhores condições ao reforço, que em 2009 ganhou o status de Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), num convite feito pelo então secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de João Pessoa (Lau Siqueira).

João Pitoco havia sido aprovado num concurso de Agente Comunitário de Saúde, e posteriormente num edital dos Correios, porém abriu mão dessas oportunidades para continuar seu trabalho com as crianças de Paratibe, pois já estava totalmente apaixonado pela comunidade.

Em 2015, por reconhecimento de seu trabalho ganhou o prêmio Cultura Afro-brasileira da Fundação Cultural Palmares e assim teve a oportunidade de comprar vários esquipamentos para o Projeto e para a Comunidade (tatames, tenda, freezer, armários, pula-pula, saco de pancada e outros utilitários para lutas) e também de viajar pela primeira vez para a Bahia, onde ficou durante uma semana treinando apenas da Escola Filhos de Bimba, visando adquirir conhecimentos da Regional diretamente da fonte.

Atualmente o Projeto conta com aulas de Capoeira, Danças Afro-brasileiras, Jiu-jitsu e Judô e funciona num galpão que foi construído totalmente através de uma campanha de doação realizada por João Pitoco.

“Mestre Bimba: o sonho de Salomão” (Arribaçã Editora, 2020) é o seu primeiro livro publicado. E-mail para contato: pitoco_eu@hotmail.com