Divinas & Malvadas: Arribaçã começa campanha de pré-venda de livro de Cátia Moraes sobre “a subversão no silêncio feminino”

A Arribaçã Editora está lançando a campanha de pré-venda do livro “Divinas & Malvadas – a subversão no ‘silêncio’ feminino”, de Cátia Moraes. A obra, com cerca de 150 páginas, tem capa de Leonardo Guedes e já pode ser adquirida, inclusive de forma parcelada, no seguinte link: https://arribaca-editora.lojaintegrada.com.br/divinas-malvadas-a-subversao-no-silencio-feminino

Segundo a autora, a narrativa se passa em dois tempos. O contemporâneo e a antiguidade, por meio de duas histórias que entrelaçam vivências, resistências, lutas. E disparidades. Entre o que foi vivido e o que foi escrito, e, portanto, ‘eternizado’, pelos textos e discursos masculinos da antiguidade. Quando os homens tornaram o masculino um valor universal e determinante no mundo ocidental.

 

Sinopse:

Quantas ações femininas silenciadas historicamente pelo ódio, pela intolerância? Quantas conquistas femininas apagadas do radar da humanidade? No livro “Divinas & Malvadas – a subversão no ‘silêncio’ feminino”, Cátia Moraes navega entre o presente e o passado, retratando duas mulheres. A contemporânea, chamada de ‘a mulher de unhas vermelhas’, racional, moderna, impertinente, se define como uma ‘cortesã contemporânea’ depois de conhecer Aspásia de Mileto: a provável mulher mais influente dos séculos de ouro de Atenas (V e VI a.C.), erudita, professora de retórica de Sócrates, autora de discursos políticos, julgada por blasfêmia e tida por tantos como cortesã. Ambas desatam amarras, subvertem normas e questionam: por que nos julgam? Ou poderia-se dizer: dois mil anos antes, dois mil anos depois cabem na palma da misoginia?

 

Sobre a autora:

Décadas trabalhando com o texto jornalístico demandam tempo e experimentação ao migrar para a literatura. Cátia Moraes escreveu quatro livros-reportagem até investir numa prosa poética na autobiografia ‘O medo que me amanheceu’. Agora envereda numa aventura literária – não programada – com uma trama que envolve ficção, crônica, poesia e pesquisa histórica para abordar temas femininos e feministas das mulheres de ontem e de hoje. A autora é formada em Jornalismo pela PUC-RJ e pós-graduada em Mercado Editorial na mesma universidade.

 

Trecho do livro:

“A mim, basta de prólogos. De inibições. Quero ser hetaíra, como greg@s chamavam a cortesã. Andar pelas quebradas. Amigar o efêmero, o incompleto. Libertar o acaso da servidão da finalidade, como anunciou o filósofo que se dizia psicólogo.

O mundo, o meu mundo, virou de ponta-cabeça. Eu? Mergulhei.

Encontrei Safo, Diotima, Helena, Pandora, matadas de desejo e de palavras, condenadas ao silêncio histórico. Descobri dona Celita, minha orácula. Descobri a sábia de Mileto, erudita, filósofa, professora de retórica de Sócrates ou uma cortesã, uma lenda?

As mulheres tornadas uma falha, uma falta, uma debilidade. Os homens tornados a medida da humanidade. Cultuados, belos. A história da beleza, uma história da vaidade masculina.

Dois mil anos antes, dois mil anos depois cabem na palma da misoginia. Da insubordinação. Deus, seja lá o que for, é mulher. Mulheres não precisam de ereção. É por isso que me julgam?”

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