Depoimento de Luiz Carlos Nascimento Sousa sobre livro de Solha

“Solha, sua circunstância é o mundo… Você amplia o debate e nos localiza a que distância estamos do conhecimento, nos dando mais referências para tentar responder a velhas perguntas e encontrar um caminho, em meio a tantas informações e dilemas! Ainda não temos respostas sequer para a mais antiga das questões: de onde viemos? Mas pelo menos há indicações, estudos, pesquisa, teorias… Continuamos indo de uma galáxia a outra e, sem respostas ainda estamos. Sua poesia é um alento às nossas dúvidas e nos indica, talvez, um caminho: a resposta está no próprio homem, o que continua sendo um dilema! Grande livro 1/6 de Laranjas Mecânicas, Bananas de Dinamite! Aliás, mais um que você nos brinda com conhecimento e, sobretudo, sabedoria. E garanto: não é depoimento apenas de um fã, mas de quem leu com atenção tudo que você escreveu.

“Todas às vezes que encontro na música, na ciência, na literatura algo que me encanta digo para mim mesmo: só sendo abduzido! Como é que ele conseguiu fazer isso e disse isso? Em relação a 1/6 de Laranjas Mecânicas Bananas de Dinamite a impressão voltou. Sempre uma surpresa na próxima estrofe.

Há tempos não me surpreendia tanto com uma leitura. E ela me fez lembrar o genial Borges, que também acredito tenha sido abduzido, quando li o Livro de Areia e fiquei com uma questão até hoje me martelando como uma obsessão: “Não pode ser, mas é!.

“Além de Borges, sua obra me remeteu a uma teoria científica que surgiu na Biologia e migrou para a Sociologia, que é a Autopoiese, uma realimentação constante da natureza, que cresce, renasce e se multiplica a partir dos próprios processos. Impressionante como senti isso em 1/6 de Laranjas Mecânicas, Bananas de Dinamite. Parabéns e sucesso!”

 

(Luiz Carlos Nascimento Sousa é jornalista paraibano. O depoimento acima foi feito por email a W. J. Solha)

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