Obra de poesias mostra o lado lúdico de brincar com a palavra

Por Cairé Andrade

A escritora paraibana Emília Guerra também está com uma obra destinada essencialmente ao público de pequenos leitores. “Poética Animal” (Arribaçã, 70 páginas, R$ 30), segundo a própria autora, é para todas as idades que se permitam entrar no universo lúdico da linguagem poética com uma viagem pelo mundo animal.

A obra tem capa de Ingrid Stephane e foi ilustrada pelo neto da autora, Carlos Guerra Cavalcante.

Este é o segundo lançamento de Emília pela Arribaçã e o quinto de sua carreira como escritora. O sucessor de “Sinais” surgiu através das experiências da autora em sala de aula. Atualmente aposentada, ela explorava o gênero poético nas suas turmas e este é o primeiro livro voltado para o público infantil.

“É um livro inteiramente em homenagem aos animais. É o resultado de uma experiência pessoal, pois gosto muito de levar a poesia para as escolas e inclusive estou sentindo uma imensa falta neste período”, comenta.

“Era na sala de aula que eu estimulava a criançada. Minha poesia é voltada sempre para a visão de um mundo melhor, para o lado lúdico de brincar com a palavra”.

“Poética Animal” traz a importância da fauna brasileira e da relação entre os animais e o ser humano. “Fala sobre a nossa necessidade de correlação com o animal, do nosso lado afetuoso, necessário. Esse sentimento da beleza do viver, do sentido de estar aqui, de se relacionar com tudo, é tudo poesia”, conta. “A gente deve ter essa beleza de sentir e descobrir a poesia em tudo”.

O gênero, segundo ela, sempre esteve presente em sua vida pessoal desde criança. “Enquanto criança, há um sentimento especial com essa linguagem leve e bonita de sentir e perceber o mundo”.

(Matéria publicada no jornal A União, em 23 de julho de 2020)

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